Num comeco de sexta feira, espera ansiosa, como de costume, os telefonemas convidativos. Eles surgem menos que o normal, menos que semana passada, mas ela nao se importa, passa o delineador e escolhe usar seu scarpin predileto.
Entra no carro sozinha, para variar. E estranha a ausência do xadrez, do cigarro, do sono. Mas segue. Vai ao encontro dos outros, que agora, só completam seu sentimento de vazio. Não por hoje, por ontem. Mas por um sempre, que não sabe definir quando começou.
Sintoniza o rádio, esboca um sorriso com a cancao tocada e canta com ela: " Muito pouco acostumada atravesso a rua,já sem olhar a esquina...".
Pisa no acelerador e durate 1 minuto, esquece a pista diante de si, segue embalada pela imagem dos arcos.
Distraida pela música, o caminho parece mais curto. Chega, entra num botequim qualquer e compra seu cigarro. Sai de lá e já sobe as escadas. Talvez tenha se adiantado demais, não reconhece nenhum rosto. Caminha para uma das sacadas e senta.
Gosta da sensacao de estar sozinha, sente-se quase obrigada a conhecer novos alguéms, levanta num pulo e se aproximo de um sorriso entristecido.Divaga ao caminhar para uma semelhanca, seus olhos brilham ao perceber que surpreendeu um pouco aqueles lábios sem vida. Não que os seus tivessem, mas sempre gostara de detalhes, e via agora, na sua frente, a necessidade de outra pessoa por novidades.
Ela apoiada na parede via aquele rosto diferente se aproximando como se a conhecesse. E reconhecia alguma coisa de si naquele olhar.Poderia até ser a falsa expectativa pelo novo, porque sabia que aqueles olhares transmitiam o passado que ainda circulavam em suas veias.
Pediu uma cerveja e dois copos, enchera-os até o limite. Sentaram-se, se apresentaram, brindaram e beberam. Logo depois decobriu-se a semelhança. E era essa. O passado preso no presente. Entrelaçado, costurado, ficava pesado e o futuro se mostrava distante. Para as duas.
Entretida, ou pelo menos fingindo estar, continua esvaziando seu copo na tentativa de que o reflexo do liquido desse brilho aos lábios que a interessaram. Enchia-os rapidamente de novo, fazendo com que transbordasse a espuma, entao ria e sacudia suas maos molhadas. Trocaram meia dúzias de palvaras, mais do que isso ñ foi necessário, pareciam ter se conhecido bem antes daquele dia.
Seus celulares tocaram quase sincronicamente. Eram seus xadrezes. Uma mostrou para a outra o nome que piscava no visor. Se olharam e só. Os telefones foram trocados de mãos e desligados. Seus lábios agora brilhavam.
16.10.07
26.8.07
Pelos olhos dela
"Pour deux" por infinitas razoes. Olhos que expressam involuntariamente as idéias de uma mente brilhante. É como ir pelas beiradas, por estarem frias, mesmo que o quente a atraia mais. É uma alma transbordando sentimentos. São pernas que controlam as vontades.
Para dois. Para duas. Pelas paixões em comum. A escrita, por exemplo. Alho poró e gorgonzola. Pelas diferenças que nos unem. Garcia. Imponencia até no nome. Força e coragem. Uma contra um milhão, isso não importa se tal objetivo se alcancará. Graça bruta de um diamante não lapidado. Definitivamente, não é uma pessoa que encanta pela fraqueza, pelo ar inocente, desprotegido. De saia, decote e lápis é mulher, muralha. Com a vantagem de conciliar isso com uma compreenção que não precisa ser pedida.
Me vejo no sorriso que demorei a conhecer e que rapidamente aprendi a admirar. O que nela sobra, em mim falta, o que nela falta, em mim sobra e assim caminhamos, em conjunto, num impulso reprimido. A capacidade de suas macas demonstrarem qualquer tipo de alteracao, fascinam, é de uma tonalidade nunca vista.
E seus olhos não negam. Não importa o que me digam, do que tentem me convencer. Sua alma repleta de sensibilidade. O que a tonalidade nas minhas maças dizem, seus olhos de gato lêem. Sem muita dificuldade. O que eles me respondem, eu sinto.Diferentes na atitude, semelhantes na subjetividade que ate hoje, só percebi em nós.
Há interpretacoes distintas e motivos inegáveis. Mas a importância é incontrolável à medida que conhecemos alguém, principalmente, se um alguém tao cativante. Dualidade seria uma palavra perfeitamente cabível, a menina timida que passeia discretamente e a mulher q seus poros exalam.
Capaz acima de tudo,de conquistar. Me cativou com tanta facilidade, tanta rapidez que chega a ser admirável. Tal capacidade não me é competende. E ela vê. Com os olhos de enxergar. Vê, decifra, e muitas vezes até me mostra coisas sobre mim mesma, que ninguém mais percebe.
As semelhancas, coincidentes ou nao, demonstram apenas as entrelinhas que nos agradam, demonstram as mesmas direcoes nos objetivos que almejamos. Esses, iguais ou, novamente, nao. Talvez até nossa válvula de escape seja comum, sempre temos algo a expelir e, encabuladas, expelimos somente a fumaca em nossos pulmoes.
Eu, com as minhas frases curtas, quase jornalísticas, me vejo nos textos dela. Ela está presente nas minhas palavras, nas minhas frases e texto, nas entrelinhas do meu novo jeito de viver. Tenho vontade de levá-la em minha mala, pois já a levo em meus pensamentos. Tenho vontade de dar-lhe a minha loucura e roubar um bocado de sua sensatez. No meu pensamento. Nos meus dias. Em todos eles. Meus olhos vêem coisas novas. E agora, sou mais eu do que era. E com ela na minha vida, daqui há pouco serei mais eu do que agora. Incentivo e um dos meus alicerces. Minha nova referência pra muita coisa. Tenho mais vontades que realizacoes e esse é um outro ponto de nossa breve e intensa estoria. Quero pegar carona na sua sede de conquistas e dividir meu goles de vodka, falar, falar e falar mais um pouco, absorver toda a magia que ela carrega dentro de si. Queria, as vezes, também, que ela pudesse ouvir seus próprios conselhos, olhar sua aurea no espelho, viver no mundo que me fez enxergar. Vontades muito parecidas, impedimentos diferentes. Medos iguais. Meio perdidas, nos encontramos. Essencial e insubstituível. A dois, por dois, por muito tempo, poque enquanto em puder carregá-la em meu peito, apertar em meus bracos e segurar com minhas maos, o farei. E com duas palavras posso citar o final de mais um comeco pra nós, para um vício comum: amor incondicional.
Para dois. Para duas. Pelas paixões em comum. A escrita, por exemplo. Alho poró e gorgonzola. Pelas diferenças que nos unem. Garcia. Imponencia até no nome. Força e coragem. Uma contra um milhão, isso não importa se tal objetivo se alcancará. Graça bruta de um diamante não lapidado. Definitivamente, não é uma pessoa que encanta pela fraqueza, pelo ar inocente, desprotegido. De saia, decote e lápis é mulher, muralha. Com a vantagem de conciliar isso com uma compreenção que não precisa ser pedida.
Me vejo no sorriso que demorei a conhecer e que rapidamente aprendi a admirar. O que nela sobra, em mim falta, o que nela falta, em mim sobra e assim caminhamos, em conjunto, num impulso reprimido. A capacidade de suas macas demonstrarem qualquer tipo de alteracao, fascinam, é de uma tonalidade nunca vista.
E seus olhos não negam. Não importa o que me digam, do que tentem me convencer. Sua alma repleta de sensibilidade. O que a tonalidade nas minhas maças dizem, seus olhos de gato lêem. Sem muita dificuldade. O que eles me respondem, eu sinto.Diferentes na atitude, semelhantes na subjetividade que ate hoje, só percebi em nós.
Há interpretacoes distintas e motivos inegáveis. Mas a importância é incontrolável à medida que conhecemos alguém, principalmente, se um alguém tao cativante. Dualidade seria uma palavra perfeitamente cabível, a menina timida que passeia discretamente e a mulher q seus poros exalam.
Capaz acima de tudo,de conquistar. Me cativou com tanta facilidade, tanta rapidez que chega a ser admirável. Tal capacidade não me é competende. E ela vê. Com os olhos de enxergar. Vê, decifra, e muitas vezes até me mostra coisas sobre mim mesma, que ninguém mais percebe.
As semelhancas, coincidentes ou nao, demonstram apenas as entrelinhas que nos agradam, demonstram as mesmas direcoes nos objetivos que almejamos. Esses, iguais ou, novamente, nao. Talvez até nossa válvula de escape seja comum, sempre temos algo a expelir e, encabuladas, expelimos somente a fumaca em nossos pulmoes.
Eu, com as minhas frases curtas, quase jornalísticas, me vejo nos textos dela. Ela está presente nas minhas palavras, nas minhas frases e texto, nas entrelinhas do meu novo jeito de viver. Tenho vontade de levá-la em minha mala, pois já a levo em meus pensamentos. Tenho vontade de dar-lhe a minha loucura e roubar um bocado de sua sensatez. No meu pensamento. Nos meus dias. Em todos eles. Meus olhos vêem coisas novas. E agora, sou mais eu do que era. E com ela na minha vida, daqui há pouco serei mais eu do que agora. Incentivo e um dos meus alicerces. Minha nova referência pra muita coisa. Tenho mais vontades que realizacoes e esse é um outro ponto de nossa breve e intensa estoria. Quero pegar carona na sua sede de conquistas e dividir meu goles de vodka, falar, falar e falar mais um pouco, absorver toda a magia que ela carrega dentro de si. Queria, as vezes, também, que ela pudesse ouvir seus próprios conselhos, olhar sua aurea no espelho, viver no mundo que me fez enxergar. Vontades muito parecidas, impedimentos diferentes. Medos iguais. Meio perdidas, nos encontramos. Essencial e insubstituível. A dois, por dois, por muito tempo, poque enquanto em puder carregá-la em meu peito, apertar em meus bracos e segurar com minhas maos, o farei. E com duas palavras posso citar o final de mais um comeco pra nós, para um vício comum: amor incondicional.
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